MST ocupa prédio da CEMIG

Cerca de 500 trabalhadores de várias regiões do Estado reivindicam a instalação de redes elétricas em áreas de reforma agrária e no interior.


Publicado em 08/11/2017 – 11:43

Por Lucas simões

MST/ Dowglas Silva

Um grupo de 500 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou a sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), na manhã desta quarta-feira (08/10), para reivindicar a instalação elétrica em áreas de reforma agrária e no interior do Estado. 

Concentrados no saguão térreo do prédio de 30 andares na avenida Barbacena, no bairro Santo Agostinho, os trabalhadores realizaram assembleia às 8h e decidiram não paralisar as atividades dos funcionários da empresa. Eles reivindicam reunião com o presidente da Cemig, Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga, e com o governador Fernando Pimentel (PT). A Polícia Militar (PM) acompanha o protesto dos trabalhadores com duas viaturas.

MST/ Dowglas Silva

Para  o dirigente estadual do MST, Silvio Neto, a Cemig registra déficits anuais sucessivos de instalações elétricas no interior do Estado. “Há um passivo de 47 mil instalações elétricas por ano em Minas Gerais. Nossas áreas (do MST) estão nessa conta e a empresa não possui nenhum plano para suprir essa demanda”, diz o dirigente. 

O MST também reivindica a complementação do Projeto Semeando Agrofloresta, vinculado ao programa “Plantando o Futuro”, do Governo do Estado. Iniciado em 2016, o projeto prevê a construção de oito viveiros de mudas em diferentes regiões do Estado, com capacidade para produzir mudas de árvores nativas para reflorestamento em larga escala.  

MST/ Dowglas Silva

“Apenas metade dos recursos foram disponibilizados pelo Governo do Estado. Estamos deixando de plantar 800 mil mudas neste ano. A Cemig precisa assumir isso para que possamos continuar o trabalho de preservação. Nesse caso, ela (a Cemig) também se beneficia, porque dá conta de seu gigantesco passivo ambiental”, cobrou Silvio Neto.

Ele também criticou a possibilidade de privatização da Cemig aventada no governo de Michel Temer. “A empresa precisa garantir nosso direito de acesso à energia antes que seja desmontada pela (possível) privatização”, completou Silvio.