[vc_row][vc_column width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”1″][vc_custom_heading heading_semantic=”p” text_size=”” text_font=”font-139983″ text_weight=”800″ text_color=”color-jevc” sub_reduced=”yes”]<\/p>\n

Enfim, no a\u00e7ude do Boqueir\u00e3o<\/h1>\n

[\/vc_custom_heading][vc_custom_heading heading_semantic=”h4″ text_size=”h4″ text_font=”font-157049″ text_weight=”400″ text_italic=”yes” separator=”yes” separator_color=”yes” sub_reduced=”yes”]Em seu pen\u00faltimo dia, a expedi\u00e7\u00e3o chega \u00e0 regi\u00e3o de Campina Grande, destino final das \u00e1guas do S\u00e3o Francisco\u00a0<\/span>[\/vc_custom_heading][vc_column_text]17\/05\/2017<\/span><\/em><\/p>\n

Por Bruno Moreno<\/span><\/em><\/p>\n

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Campina Grande \u00e9 a maior cidade que visito desde que sai do Recife, h\u00e1 seis dias. Nas outras, ap\u00f3s dirigir por uma ou algumas ruas, j\u00e1 estava na estrada novamente. Essa sensa\u00e7\u00e3o de voltar para o ambiente urbano \u00e9 estranha. \u00c9 como se a expedi\u00e7\u00e3o tivesse acabado. Mas, na verdade, o objetivo principal da transposi\u00e7\u00e3o est\u00e1 justamente aqui em Campina Grande, onde h\u00e1 um severo racionamento h\u00e1 meses e a esperan\u00e7a est\u00e1 depositada na chegada da \u00e1gua do rio S\u00e3o Francisco.<\/span><\/p>\n

O a\u00e7ude que abastece a cidade e a regi\u00e3o \u00e9 o Boqueir\u00e3o, distante 55 quil\u00f4metros. Em busca do encontro da \u00e1gua com a terra rachada, parti rumo ao reservat\u00f3rio, no dia menos planejado, mais confuso e menos produtivo da jornada, mas n\u00e3o menos divertido.<\/span><\/p>\n

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Havia estudado intensamente o mapa da transposi\u00e7\u00e3o at\u00e9 o munic\u00edpio de Monteiro, na Para\u00edba. Mas no caso do Boqueir\u00e3o s\u00f3 dei uma olhada no percurso. O objetivo, aqui, era chegar ao ponto de encontro da \u00e1gua com o a\u00e7ude. E \u00e9 claro que todo mundo na regi\u00e3o sabe onde fica isso, certo? Errado!<\/span><\/p>\n

Me deram indica\u00e7\u00f5es desencontradas e dei uma volta de mais de 80 quil\u00f4metros, em asfalto e terra, \u00e0 procura desse t\u00e3o aguardado local de encontro.<\/span><\/p>\n

Mas foi divertido. No caminho passei por Cabaceiras, conhecida como a Roli\u00fade Nordestina, onde foram gravados filmes e novelas de televis\u00e3o. Al\u00e9m disso, atravessei de carro sobre as \u00e1guas do S\u00e3o Francisco, j\u00e1 no rio Para\u00edba, no munic\u00edpio de Barra de S\u00e3o Miguel.<\/span><\/p>\n

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No caminho conheci a fam\u00edlia de Ronisvaldo de Souza Santos, 43 anos. Morador da \u00e1rea rural de Barra de Sao Miguel desde que nasceu, ele espera ansioso pela \u00e1gua encanada. Nessa seca que assola o agreste, Ronisvaldo perdeu quase a metade do rebanho, que era formado por mais de 120 ovelhas e bodes.<\/span><\/p>\n

\u201cA chegada da \u00e1gua encheu a gente de esperan\u00e7a. Daqui pra frente \u00e9 s\u00f3 riqueza. A vida da minha filha vai ser diferente, porque eu tenho ela hoje pequena, dou estudo para quando ela crescer, se formar, ter uma vida melhor que a minha. Porque a minha foi muito ruim. A gente est\u00e1 fazendo de tudo para que ela tenha uma vida melhor. E a chegada da \u00e1gua vai fazer diferen\u00e7a\u201d, diz.<\/span><\/p>\n

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Continuando o trecho, encontrei Mariluce de Souza Lima, 58 anos, e Maria Gon\u00e7alves Cavalcanti, 72 anos, moradoras de Riacho Fundo, munic\u00edpio de Barra de S\u00e3o Miguel.<\/span><\/p>\n

Dona Mariluce conta que quando a \u00e1gua chegou, centenas de cobras que estavam abrigadas na terra rachada come\u00e7aram a sair para n\u00e3o morrerem afogadas.<\/span><\/p>\n

Mas ficou mesmo surpresa foi com a qualidade da \u00e1gua. \u201cNunca vi uma \u00e1gua t\u00e3o doce como essa! Aqui a \u00e1gua \u00e9 muito salgada. Agora quero que venha aqui pra casa. \u00c1gua doce \u00e9 outra coisa. A gente esperava muito por essa \u00e1gua. Gra\u00e7as a Deus que ela chegou antes de eu morrer\u201d, afirma Maria Gon\u00e7alves.<\/span><\/p>\n

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Depois de rodar muito em estradas de terra, pegando indica\u00e7\u00f5es de como alcan\u00e7ar o local do encontro da \u00e1gua com o a\u00e7ude Boqueir\u00e3o, finalmente cheguei a Mirador, o t\u00e3o procurado local. Subi o drone para fazer umas imagens e, do alto, j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel ver como a paisagem j\u00e1 foi “esverdeada”, menos de um m\u00eas ap\u00f3s a chegada da \u00e1gua. Na v\u00e1rzea do Para\u00edba, o gado faminto que se alimentou exclusivamente de palma e macambira nos \u00faltimos anos, aproveita para mastigar como banquete o pasto novinho. Como a luz j\u00e1 estava indo embora, decidi voltar no dia seguinte, o pen\u00faltimo da expedi\u00e7\u00e3o, para fazer mais imagens, antes de ir para Jo\u00e3o Pessoa ou voltar para Recife. Amanh\u00e3 conto como foi o \u00faltimo dia da jornada.<\/span><\/p>\n

\u00a0<\/span>[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”2″][vc_raw_html]JTNDZGl2JTIwY2xhc3MlM0QlMjJmYi1jb21tZW50cyUyMiUyMGRhdGEtaHJlZiUzRCUyMmh0dHAlM0ElMkYlMkZ3d3cub2JlbHRyYW5vLmNvbS5iciUyRnBvcnRmb2xpbyUyRnNldGltby1kaWEtZW5maW0tbm8tYWN1ZGUtZG8tYm9xdWVpcmFvJTJGJTIyJTNFJTNDJTJGZGl2JTNF[\/vc_raw_html][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em seu pen\u00faltimo dia, a expedi\u00e7\u00e3o chega \u00e0 regi\u00e3o de Campina Grande, destino final das \u00e1guas do S\u00e3o Francisco <\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":57974,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","template":"","meta":{"footnotes":""},"portfolio_category":[34,30,27,101],"yoast_head":"\n