(Atualizado na sexta-feira – 09:34)<\/span><\/em><\/p>\n Com um m\u00eas \u00e0 frente da Cultura em Belo Horizonte, Juca Ferreira j\u00e1 entreviu a luta que ter\u00e1 pela frente para alavancar recursos no apertado or\u00e7amento da pasta. Mesmo n\u00e3o confirmando a verba que a Cultura ter\u00e1 neste ano, sua primeira medida, anunciada nesta quinta-feira (20\/07), foi garantir a realiza\u00e7\u00e3o, e informar as datas, dos quatro principais festivais art\u00edsticos de Belo Horizonte. Al\u00e9m disso, Juca Ferreira tamb\u00e9m anunciou o in\u00edcio das obras no Museu de Arte da Pampulha (MAP).<\/span><\/p>\n A decis\u00e3o de preservar os festivais foi tomada a partir da demanda dos \u201cfazedores\u201d de cultura, identificada nos encontros p\u00fablicos que a Secretaria vem realizando. “No meu Face e no Zap, a maior demanda \u00e9: os festivais v\u00e3o acontecer? Essa \u00e9 a pergunta mais constante e demonstra que h\u00e1 uma preocupa\u00e7\u00e3o e demanda da cidade pela realiza\u00e7\u00e3o desses festivais. Eu fiz quest\u00e3o de, mesmo nessa transi\u00e7\u00e3o, garantir que esses festivais tenham continuidade”, disse.<\/span><\/p>\n Em coletiva de imprensa realizada no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, Juca Ferreira disse que o or\u00e7amento para a cultura se resume a uma “proposta muito enxuta, exageradamente enxuta”. “\u00c9 um or\u00e7amento mais ou menos igual ao do ano passado. Mas ainda nessa semana vamos dar todos os valores”, disse Juca. Em 2016, o or\u00e7amento da Funda\u00e7\u00e3o Municipal de Cultura (FMC) j\u00e1 havia sofrido uma expressiva redu\u00e7\u00e3o de 25%, caindo de R$ 38 milh\u00f5es para R$ 28,5 milh\u00f5es, impactando diretamente os eventos culturais do calend\u00e1rio da cidade.<\/span><\/p>\n Ainda assim, Juca anunciou a manuten\u00e7\u00e3o do 2\u00ba Festival Liter\u00e1rio Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH), entre 14 e 17 de setembro; o 9\u00ba Festival de Arte Negra (FAN), entre 18 e 23 de outubro; e o 14 \u00ba Festival Internacional de Teatro, Palco & Rua (FIT), marcado para maio do ano que vem. Todos os eventos ser\u00e3o realizados nas datas anteriormente previstas, com exce\u00e7\u00e3o do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), que deveria ter acontecido em junho deste ano, mas foi adiado para entre 30 de maio a 3 de junho de 2018.<\/span><\/p>\n “Esse ano foi at\u00edpico. Com sucess\u00e3o na Prefeitura e restri\u00e7\u00e3o de gastos, demoramos a ter um dirigente (na Funda\u00e7\u00e3o Municipal de Cultural). Ficamos com a interinidade por um tempo. Dificultou a atua\u00e7\u00e3o da funda\u00e7\u00e3o, respons\u00e1vel pelos festivais”, justificou Juca.<\/span><\/p>\n Capta\u00e7\u00e3o de recursos<\/span><\/strong><\/p>\n Segundo ele, o FIQ e o FIT ter\u00e3o mais facilidade de captar patroc\u00ednios, uma vez que s\u00f3 acontecer\u00e3o em 2018. “Os (festivais) que foram transferidos para o ano que vem ter\u00e3o mais facilidade (de captar) porque n\u00f3s teremos tempo para fazer esse processo. Os deste ano ter\u00e3o um pouco mais de dificuldade, sim. Mas a\u00ed a Prefeitura, o poder publico, \u00e9 quem dever\u00e1 garantir a realiza\u00e7\u00e3o com qualidade desses eventos. Agora, evidentemente, eles j\u00e1 tem algumas parcerias hist\u00f3ricas. Os festivais j\u00e1 contam com apoio empresarial e n\u00f3s vamos fechar essas parcerias, espero, de uma maneira bem sucedida”, completou Juca.<\/span><\/p>\n O presidente da FMC tamb\u00e9m destacou que tem conversado com o Secret\u00e1rio Municipal de Planejamento, Or\u00e7amento e Informa\u00e7\u00e3o, Andr\u00e9 Abreu Reis, para balancear a verba para a \u00e1rea da cultura. “Eu quase que diariamente converso com o secret\u00e1rio da administra\u00e7\u00e3o. Claro, o papel dele \u00e9 apertar, e meu papel \u00e9 conquistar o m\u00e1ximo poss\u00edvel para a cultura. Estamos nessa conversar extremamente amig\u00e1vel e civilizada”, disse Juca.<\/span><\/p>\n Secretaria e Virada Cultural<\/span><\/strong><\/p>\n Ainda no posto de presidente da Funda\u00e7\u00e3o Municipal de Cultura (FMC), ocupado na gest\u00e3o de Marcio Lacerda por Le\u00f4nidas Oliveira, Juca Ferreira anunciou que vai assumir a recriada Secretaria Municipal de Cultura na primeira semana de setembro. Por\u00e9m, ele ainda n\u00e3o deu detalhes de como a pasta, que volta a existir em Belo Horizonte ap\u00f3s 12 anos, dever\u00e1 funcionar em paralelo com a FMC.<\/span><\/p>\n Apesar disso, em uma an\u00e1lise inicial, Juca Ferreira avalia que a Funda\u00e7\u00e3o Municipal de Cultura deve evoluir no desenvolvimento de a\u00e7\u00f5es descentralizadas, ainda que a estrutura da funda\u00e7\u00e3o e da secretaria estejam sujeitas ao enxugamento da m\u00e1quina p\u00fablica.<\/span><\/p>\n “A gente precisa de uma estrutura \u00e1gil, que gaste o m\u00ednimo poss\u00edvel. \u00c9 uma preocupa\u00e7\u00e3o justa, principalmente num momento de crise e restri\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica. Agora, a Funda\u00e7\u00e3o n\u00e3o tem gordura, ela tem uma estrutura que pode ser potencializada. Ela n\u00e3o desenvolveu suas capacidades enquanto estrutura descentralizadora, com seus programas, projetos e a\u00e7\u00f5es”, disse.<\/span><\/p>\n No mesmo dia do an\u00fancio formal de recria\u00e7\u00e3o da Secretaria Municipal de Cultura, Juca Ferreira vai informar sobre a realiza\u00e7\u00e3o da Virada Cultural em Belo Horizonte. At\u00e9 o momento, n\u00e3o h\u00e1 uma decis\u00e3o sobre a realiza\u00e7\u00e3o do evento neste ano. “N\u00e3o h\u00e1 um decis\u00e3o ainda porque a gente precisa ver recurso, tempo, se vamos fazer neste ano ou no pr\u00f3ximo”, disse. “Eu acho que \u00e9 um evento muito positivo, que pode virar um ativo econ\u00f4mico da cidade, pode atrair um p\u00fablico de fora da cidade. Assim como a Virada de S\u00e3o Paulo atraiu depois que foi organizada com essa dimens\u00e3o”, completou Juca.<\/span><\/p>\n Defici\u00eancias<\/span><\/strong><\/p>\n Al\u00e9m dos festivais e eventos conhecidos no calend\u00e1rio cultural da cidade, Juca Ferreira tamb\u00e9m tem se familiarizado com uma s\u00e9rie de demandas espec\u00edficas de artistas diversos. Nesta semana, ele realizou encontros com artistas das \u00e1reas da m\u00fasica e das artes visuais. E tra\u00e7ou alguns pontos que, \u00e0 frente da Secretaria Municipal de Cultura, vai priorizar.<\/span><\/p>\n Na m\u00fasica, Juca defendeu a cria\u00e7\u00e3o de um Centro de Refer\u00eancia da M\u00fasica Mineira. Ele chegou a citar o projeto do Museu Clube da Esquina como um pontap\u00e9 inicial para a proposta de catalogar e dar mem\u00f3ria \u00e0 m\u00fasica do Estado. “H\u00e1 um panorama de complexidade da \u00e1rea da m\u00fasica mineira: m\u00fasica sinf\u00f4nica, m\u00fasica cl\u00e1ssica, instrumental, segmentos como rock n’ roll, funk, hip hop. \u00c9 necess\u00e1rio algo que disponibilize um m\u00ednimo de possibilidade de mem\u00f3ria e preserva\u00e7\u00e3o de toda essa hist\u00f3ria musical riqu\u00edssima de Minas Gerais”, disse.<\/span><\/p>\n Al\u00e9m disso, ele ressaltou as cr\u00edticas frequentes de cantores e bandas quanto \u00e0 falta de disponibilidade de espa\u00e7os para apresenta\u00e7\u00f5es musicais na cidade, e defendeu a cria\u00e7\u00e3o de um Circuito Cultural para abrigar apresenta\u00e7\u00f5es descentralizadas. “Foi apontada a defici\u00eancia da estrutura de equipamentos e teatros para apresenta\u00e7\u00f5es e shows. \u00c9 o uso ainda insuficiente da estrutura p\u00fablica. Pensei que vai ser preciso criar um circuito cultural para os artistas em que o p\u00fablico de toda a cidade tenha acesso”, explicou.<\/span><\/p>\n Nas artes visuais, Juca Ferreira tamb\u00e9m sublinhou algumas metas a serem executadas \u00e0 frente da Secretaria de Cultura. Uma delas \u00e9 facilitar a libera\u00e7\u00e3o de alvar\u00e1s para apresenta\u00e7\u00f5es art\u00edsticas ao ar livre. “Parece que existe uma dificuldade de licenciamento e de di\u00e1logo com os que licenciam. Ent\u00e3o, a Secretaria de Cultura pode contribuir para isso, facilitar esse processo”.<\/span><\/p>\n Museu da Pampulha<\/span><\/strong><\/p>\n O principal chamariz da \u00e1rea, por\u00e9m, \u00e9 o Museu de Arte da Pampulha (MAP), que integra o conjunto arquitet\u00f4nico desenhado por Oscar Niemeyer, eleito Patrim\u00f4nio Cultural da Humanidade pela Unesco em 2016. O museu tem v\u00e1rios problemas estruturais e guarda um acervo de 1.500 pe\u00e7as mal condicionado h\u00e1 anos. Diante da emerg\u00eancia da situa\u00e7\u00e3o, Juca Ferreira iniciou nesta quarta-feira (19\/07) os primeiros trabalhos para criar um cronograma de restaura\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o. “Estamos come\u00e7ando as obras e uma equipe est\u00e1 trabalhando junto \u00e0 Secretaria de Obras para definir como ser\u00e1 o trabalho”, informou Juca.<\/span><\/p>\n Segundo ele, h\u00e1 uma demanda forte da classe art\u00edstica para transformar o espa\u00e7o no Museu de Arte Contempor\u00e2nea de Belo Horizonte, uma esp\u00e9cie de refer\u00eancia das artes visuais da cidade. Um plano invi\u00e1vel para o presidente da FMC, devido \u00e0 especificidade da arquitetura do museu, projetado por Niemeyer para ser um cassino, em 1943, mas que desde 1950 funciona como museu.<\/span><\/p>\n “Percebo que o espa\u00e7o n\u00e3o foi constru\u00eddo para ser um museu. E ele tem algumas inadequa\u00e7\u00f5es para isso. \u00c9 todo envidra\u00e7ado e um museu precisa criar aquele ambiente meio uterino para que, aquilo que seja apresentado ali, seja a atra\u00e7\u00e3o principal. A paisagem ali \u00e9 t\u00e3o bonita e n\u00e3o vale a pena voc\u00ea botar cortinas e fechar a vista, sen\u00e3o voc\u00ea reduz o potencial do espa\u00e7o. Ali pode ser um grande museu, mas dentro de um tempo, n\u00e3o sei se em anos ou meses, tem que ser pensado um outro museu para a cidade, algo que a cidade invista para ser o museu central da cidade”, completou Juca. <\/span><\/p>\n Corre\u00e7\u00e3o:<\/strong>\u00a0Ao contr\u00e1rio do que foi postado inicialmente nesta mat\u00e9ria, o presidente da Funda\u00e7\u00e3o Mineira de Cultura, Juca Ferreira, n\u00e3o disse que o Museu de Arte da Pampulha est\u00e1 fechado para obras, mas que as obras est\u00e3o “fechadas”. \u00a0[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”2″][vc_raw_html]JTNDZGl2JTIwY2xhc3MlM0QlMjJmYi1jb21tZW50cyUyMiUyMGRhdGEtaHJlZiUzRCUyMmh0dHAlM0ElMkYlMkZ3d3cub2JlbHRyYW5vLmNvbS5iciUyRiUzRnBvc3RfdHlwZSUzRHBvcnRmb2xpbyUyNnAlM0Q1OTYxMCUyNnByZXZpZXclM0R0cnVlJTIyJTNFJTNDJTJGZGl2JTNF[\/vc_raw_html][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Juca Ferreira confirma realiza\u00e7\u00e3o de quatro festivais em BH (FLI, FAN, FIQ e FIT)<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":59611,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","template":"","meta":{"footnotes":""},"portfolio_category":[34,37,28,32],"yoast_head":"\n![\"\"](\"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/07\/Ricardo-Laf-PBH-1024x683.jpg\")
\n<\/span><\/p>\n