{"id":60297,"date":"2017-08-07T13:19:19","date_gmt":"2017-08-07T13:19:19","guid":{"rendered":"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/?post_type=portfolio&p=60297"},"modified":"2017-08-11T20:38:01","modified_gmt":"2017-08-11T20:38:01","slug":"cura-para-uma-cidade-cinza","status":"publish","type":"portfolio","link":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/","title":{"rendered":"Cura para uma cidade cinza"},"content":{"rendered":"

[vc_row][vc_column width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”1″][vc_custom_heading heading_semantic=”p” text_size=”” text_font=”font-139983″ text_weight=”800″ text_color=”color-jevc” sub_reduced=”yes”]<\/p>\n

Cura para uma cidade cinza<\/h1>\n

[\/vc_custom_heading][vc_custom_heading heading_semantic=”h4″ text_size=”h4″ text_font=”font-157049″ text_weight=”400″ text_italic=”yes” separator=”yes” separator_color=”yes” sub_reduced=”yes”]<\/p>\n

Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante de arte urbana, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed<\/p>\n

[\/vc_custom_heading][vc_column_text]<\/p>\n

Texto: Lucas Sim\u00f5es <\/span><\/em>\r\nFotos: Beto Hektor<\/span><\/em><\/pre>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

H\u00e1 dez dias, a rua Sapuca\u00ed foi transformada por grafites e pinturas. Na semana passada, do charmoso mirante em frente \u00e0 Benfeitoria, no bairro Floresta, era poss\u00edvel ver cinco artistas suspensos em andaimes, espalhando os \u00faltimos lances de tinta spray pelos ares e finalizando gigantescas pinturas de at\u00e9 50 metros de altura, em quatros pr\u00e9dios do hipercentro de Belo Horizonte. No fim do dia, exaustos do trabalho intenso, eles observavam as pr\u00f3prias obras quase acabadas: uma baita provoca\u00e7\u00e3o \u00e0 cidade.<\/span><\/p>\n

“\u00c9 importante frisar que n\u00e3o estamos apenas colorindo a cidade. Vai muito al\u00e9m disso, \u00e9 um resgate, um ato pol\u00edtico, como todo ato art\u00edstico”, adianta a artista Priscila Amoni sobre o impacto que o projeto CURA – Circuito Urbano de Arte come\u00e7ou a criar instantaneamente na capital mineira. No domingo, uma festa na Benfeitoria comemorou a finaliza\u00e7\u00e3o dos grandes murais, o primeiro passo de uma proposta maior para a cidade.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

Idealizado h\u00e1 dois anos por Juliana Flores, Jana\u00edna Macruz e Priscila Amoni, o CURA \u00e9 o primeiro mirante de arte urbana do Brasil, de onde \u00e9 poss\u00edvel contemplar todas as imensas telas do mesmo lugar: da rua Sapuca\u00ed. “N\u00e3o temos not\u00edcias de outros mirantes de arte no mundo, a c\u00e9u aberto, desse jeito, mas n\u00e3o posso afirmar que \u00e9 o \u00fanico. Do pa\u00eds, com certeza \u00e9 o primeiro e vamos expandi-lo no ano que vem. A ideia \u00e9 envelopar esse horizonte onde houver espa\u00e7o, instigar as pessoas a se reunir no mirante, mas tamb\u00e9m descobrir \u00e2ngulos novos para se chocar com as obras enquanto passam pela cidade. As pessoas come\u00e7aram a enxergar telas onde havia apenas empenas cinzas, fachadas vazias. Isso \u00e9 demais”, se empolga Juliana Flores.<\/span><\/p>\n

As empenas ou laterais cegas que estimularam a a\u00e7\u00e3o do CURA foram comumente usadas para permitir a constru\u00e7\u00e3o de pr\u00e9dios lado a lado, sem espa\u00e7o entre eles. Como a pr\u00e1tica de engenharia foi proibida na d\u00e9cada de 1980, as que j\u00e1 existiam foram mantidas em cinza. “Houve um per\u00edodo em que podia ter publicidade nessas empenas. Mas, depois, em BH, at\u00e9 esses an\u00fancios foram proibidos e elas ficaram completamente cinzas mesmo. Resolvemos usar as empenas para dar outra perspectiva \u00e0 cidade”, completa Juliana.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/strong><\/p>\n

Inspira\u00e7\u00e3o<\/span><\/strong><\/p>\n

Uma ideia que habita o imagin\u00e1rio da capital mineira h\u00e1 quase duas d\u00e9cadas. Isso porque o CURA \u00e9 abertamente inspirado no pioneirismo do artista Hugues Desmazi\u00e9res, franc\u00eas respons\u00e1vel por pintar pelo menos sete empenas emblem\u00e1ticas em Belo Horizonte, entre 1985 e 1995, incluindo o famoso retrato de Tiradentes: uma arte de fundo azul marcante, registrada na empena do pr\u00e9dio de n\u00famero 39 da rua Rio de Janeiro, esquina com a avenida do Contorno.<\/span><\/p>\n

\"\"Quase todas as obras de Desmazi\u00e9res, a maioria referente a ilus\u00f5es de \u00f3tica e debates sobre progresso e quest\u00f5es ambientais, foram deterioradas ou apagadas, incluindo Tiradentes, sumido dos horizontes da capital em 2014. “Aquilo fazia parte de uma mem\u00f3ria intensa para a cidade. Elas marcaram momentos, inf\u00e2ncias, inspira\u00e7\u00f5es, um mundo de possibilidades daquela Belo Horizonte. Agora, queremos propor algo similar com essa Beag\u00e1 contempor\u00e2nea”, diz Juliana.<\/span><\/p>\n

O CURA prezou por trazer uma diversidade art\u00edstica al\u00e9m das fronteiras geogr\u00e1ficas da capital, numa tentativa de tamb\u00e9m enxergar a metr\u00f3pole “de fora”. \u00c9 a miss\u00e3o dada aos artistas convidados Tereza Dequinta e Rob\u00e9rzio Marqs, de Fortaleza (CE), e da muralista espanhola Marina Capdevilla. Al\u00e9m deles, o projeto conta com belo-horizontinos Priscila Amoni, tamb\u00e9m idealizadora do CURA, e Thiago Mazza.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Das obras mais impactantes, a pintura de Priscila Amoni traduz a perspectiva audaciosa e intensa do CURA ao estampar uma mulher negra rodeada de plantas medicinais da cabe\u00e7a aos p\u00e9s, com a sugestiva palavra “coragem” grafada quase ao acaso, no meio do imenso desenho que preenche a empena do Hotel Rio Jord\u00e3o, na Rua Rio de Janeiro, 147, com vertiginosos 50 metros de altura e 16 metros de largura. \u00c9 o segundo mural mais alto j\u00e1 grafitado no pa\u00eds, atr\u00e1s apenas da pintura feita pelo artista carioca Toz, no Hotel Marina, no Rio de Janeiro, marcada em um edif\u00edcio de 26 andares, com 75 metros de altura e 10 metros de largura.<\/span><\/p>\n

“No primeiro dia da pintura, eu tive uma grata surpresa ao chegar perto da superf\u00edcie. Por que vi que, ao lado de v\u00e1rias inscri\u00e7\u00f5es publicit\u00e1rias, no meio da minha empena tinha a palavra ‘garagem’ escrita. E eu fa\u00e7o h\u00e1 anos um trabalho de interven\u00e7\u00e3o transformando as ‘garagens’ da cidade em ‘coragem’. Mudo as letras, fa\u00e7o a interven\u00e7\u00e3o nos port\u00f5es dos outros e dou o fora. Ent\u00e3o, quando cheguei para fazer o desenho, decidi manter o ‘garagem’, agora adaptado para ‘coragem’, como j\u00e1 fazia antes”, diz Amoni.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

“Na minha arte, estou falando de resgatar a ancestralidade negra, de elevar o poder feminino e estampar isso no hipercentro, onde a cidade passa. Estou falando da medicina ind\u00edgena, das florestas mortas. Cada planta que pintei representa uma coisa. A dracena \u00e9 a planta de Ians\u00e3 e representa for\u00e7a. A lavanda e o alecrim s\u00e3o a calma e a alegria. A marada, que brota na cabe\u00e7a da mulher, \u00e9 onde nasce a beleza. N\u00f3s, artistas, trazemos uma mensagem forte refletindo a cidade, n\u00e3o apenas enchendo suas paredes de cor”, afirma Amoni.<\/span><\/p>\n

\"\"A espanhola Mariana Capdevilla, radicada em Barcelona, assina a pintura do terceiro mural mais alto j\u00e1 grafitado no Brasil. Sua pintura preenche o empena do Edif\u00edcio Trianon, na rua da Bahia, 905, ao lado do Othon Palace, com escala de 44 metros de altura e 20 metros de largura.<\/span><\/p>\n

Reconhecida muralista na Europa, ela tamb\u00e9m tem obras em pa\u00edses como Estados Unidos, Canad\u00e1 e M\u00e9xico, com influ\u00eancias de t\u00e9cnicas de pintura Renascentistas, como o sfumato que cria suaves efeitos de esfuma\u00e7amento entre tonalidades numa perspectiva altamente realista. Al\u00e9m disso, em tom provocativo e despojado – como idosos que representa de forma pouco convencional em seus murais -, Capdevilla decidiu abordar o carnaval pol\u00edtico de Belo Horionte.<\/span><\/p>\n

Sua pintura carrega um choque de cores vibrantes que fazem alus\u00e3o ao carnaval nascido na ic\u00f4nica Praia da Esta\u00e7\u00e3o, em 2009, incluindo na obra o desenho de um estandarte em homenagem ao movimento que impulsionou a festa momesca na cidade. “Quando recebi o convite, resolvi me inspirar em Belo Horizonte. Me contaram do carnaval e do fator pol\u00edtico. Ouvi muito sobre isso, e quis representar esse movimento, j\u00e1 que \u00e9 algo novo para mim e diz muito sobre a express\u00e3o da cidade. Na Espanha n\u00e3o tem carnaval, n\u00e3o tem isso”, diz Marina, empolgada.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Tamb\u00e9m pela primeira vez na cidade, Tereza Dequinta e Rob\u00e9zio Marqs formam o Acidum Project h\u00e1 11 anos, em Fortaleza, espalhando por a\u00ed suas pinturas com influ\u00eancia surrealista, repleta de lendas urbanas e cen\u00e1rios lis\u00e9rgicos. Eles ficaram encarregados de pintar a maior empena do projeto, no Edif\u00edcio Rio Tapaj\u00f3s, tamb\u00e9m na rua da Bahia, 235, com escala de tem 22,5 metros de altura e mais 37 metros de largura. “Haja tinta”, brinca Rob\u00e9rzio. O casal prop\u00f4s pintar um mural repleto de c\u00f3digos e significados sobre di\u00e1logos poss\u00edveis entre Belo Horizonte e seus moradores.<\/span><\/p>\n

“Normalmente n\u00f3s pintamos murais verticais, que s\u00e3o menos complexos. Esse em Belo Horizonte \u00e9 horizontal e, isso, de alguma forma, foi um ponto de partida para brincar com o horizonte da cidade e a rela\u00e7\u00e3o de comunica\u00e7\u00e3o horizontal que seus moradores podem ter com ela. O mural tem v\u00e1rios c\u00f3digos e fala muito sobre rela\u00e7\u00e3o de dist\u00e2ncia de dois personagens distintos, mas que podem se comunicar bem”, diz Rob\u00e9zio.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

“Como a gente trabalha muito o surrealismo, tem sempre uma coisinha que voc\u00ea vai descobrindo aos poucos na pintura. Ela n\u00e3o \u00e9 uma coisa fixa ou identific\u00e1vel de primeira. Ou seja, \u00e9 uma tela urbana que vai literalmente dialogar com a cidade, aos poucos. Ser\u00e1 uma reflex\u00e3o constante e mut\u00e1vel, com calma”, completa Tereza.<\/span><\/p>\n

Uma calma reflexiva que n\u00e3o cabe \u00e0 bela obra do grafiteiro Thiago Mazza, estampada no Edif\u00edcio Sat\u00e9lite, na rua da Bahia, 478, em uma empena de 37 metros de altura e 11 metros de largura. Talvez a mais provocativa do projeto, mesmo sem querer. Antes mesmo de ser conclu\u00edda, a pintura de um galo e uma raposa prestes a iniciar um duelo causou uma pequena guerra entre torcedores de Atl\u00e9tico e Cruzeiro nas redes sociais. E pelo simples fato de o galo estar desenhado na parte superior da empena, enquanto a raposa \u00e9 retratada na parte inferior.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Sobre a pol\u00eamica, Mazza garante que sua pintura n\u00e3o tem qualquer inten\u00e7\u00e3o de provocar os torcedores rivais. “Eu esperava a pol\u00eamica, mas tentei minimizar ao m\u00e1ximo. O Galo vem por cima porque ele \u00e9 uma ave. Se eu fosse fazer um gato e um passarinho, o gato viria no ch\u00e3o e o passarinho estaria voando. \u00c9 a mesma coisa. Independente do Galo estar por cima, a Raposa \u00e9 muito feroz, a boca dela vista de perto \u00e9 at\u00e9 maior que o Galo. Mas isso vai servir para as pessoas refletirem sobre o tamanho da paix\u00e3o delas por futebol e o quanto elas podem mudar a percep\u00e7\u00e3o das coisas a partir desa paix\u00e3o”, diz o artista.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/p>\n

Al\u00e9m disso, ele garante que a inspira\u00e7\u00e3o para o desenho n\u00e3o nasceu “necessariamente” da rivalidade hist\u00f3rica entre os clubes belo-horizontinos. E, sim, durante uma resid\u00eancia art\u00edstica na R\u00fassia sobre contos de fadas, quando retratou a f\u00e1bula “O Galo e a Raposa”, escrita pelo franc\u00eas Jean de La Fontaine no s\u00e9culo XVII. “Nessa resid\u00eancia na R\u00fassia, me deparei com a f\u00e1bula do galo e da raposa e, como eu gosto muito de animais e meu trabalho tem muito de natureza e animal, decidi investir nisso. Fiz o desenho dos animais. J\u00e1 tinha esse esbo\u00e7o e tinha muita vontade de fazer isso na minha cidade”, diz.<\/span><\/p>\n

“\u00c9 claro que eu pensava na associa\u00e7\u00e3o \u00f3bvia entre os times, porque s\u00e3o seus mascotes. Pintei dois animais, s\u00edmbolos do futebol da cidade. N\u00e3o provoco nenhum dos lados apaixonados por futebol. \u00c9 assim como na f\u00e1bula: a raposa sempre tentando dar o bote no galinheiro, a pintura representa esse conflito eterno. Ent\u00e3o, espero que ela crie uma discuss\u00e3o saud\u00e1vel, que aquela esquina da rua da Bahia vire a esquina do Galo e da Raposa”, afirma Mazza.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/strong><\/p>\n

Bastidores<\/span><\/strong><\/p>\n

Com os quatro murais praticamente prontos, passar mais de dez horas por dia em cima de um andaime e um balancinho agitando spray, carregando latas de tinta, capacetes e outros acess\u00f3rios de seguran\u00e7a, n\u00e3o foi tarefa simples para os artistas.<\/span><\/p>\n

“A minha principal dificuldade foi ter que usar o balancinho no andaime. Tem que estar muito atenta para n\u00e3o deixar cair nada l\u00e1 embaixo porque pode acontecer”, diz Mariana Capdevilla. “Eu des\u00e7o v\u00e1rias vezes para conferir como est\u00e1 a pintura. O pessoal manda fotos de longe para a gente ter no\u00e7\u00e3o, tem um drone tamb\u00e9m capturando imagens, mas n\u00e3o consigo ver s\u00f3 no celular. \u00c0s vezes des\u00e7o, ent\u00e3o, e isso demora um pouco mais o processo”, diz Thiago Mazza.<\/span><\/p>\n

\"\"
Juliana Flores e Jana\u00edna Macruz, que com Priscila Amoni idealizaram o CURA<\/figcaption><\/figure>\n

A curadora Juliana Flores explica que todos os artistas do CURA pintaram com os chamados balancinhos, estruturas acopladas em andaimes. E n\u00e3o com os LIFTs, plataformas m\u00f3veis controladas por um bra\u00e7o mec\u00e2nico, que permitem ao artista se afastar e se aproximar das obras. “Quando fizemos o projeto, os pr\u00e9dios que escolhemos para abrigar as quatro primeiras pinturas n\u00e3o podiam receber a instala\u00e7\u00e3o do LIFT, pelas limita\u00e7\u00f5es do Patrim\u00f4nio Hist\u00f3rico. A \u00fanica op\u00e7\u00e3o foram os balancinhos, que s\u00e3o uma pegada mais roots. Pouca gente usa isso para grandes murais porque realmente exige mais do artista, \u00e9 menos pr\u00e1tico”, diz Juliana.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/span><\/strong><\/p>\n

 <\/p>\n

Expans\u00e3o<\/span><\/strong><\/p>\n

A 2\u00aa edi\u00e7\u00e3o do CURA – Circuito de Arte Urbana j\u00e1 tem patroc\u00ednio garantido pela Lei Rouanet e deve acontecer a partir de junho de 2018. Neste ano, o projeto foi viabilizado pela Lei Municipal e Incentivo \u00e0 Cultura, com patroc\u00ednio do Instituto Unimed e da Ambev. A curadora Juliana Flores diz que a ideia \u00e9 pintar entre 10 e 12 murais somente no hipercentro, “fechando” o chamado Circuito CURA na regi\u00e3o, visto inteiramente da rua Sapuca\u00ed.<\/span><\/p>\n

“Ir\u00edamos fazer sete murais desta vez, mas n\u00e3o tivemos perna para tanto. Vai ficar para a pr\u00f3xima edi\u00e7\u00e3o. Mas vamos continuar no centro e pintar o m\u00e1ximo poss\u00edvel. Temos muitas fachadas ainda com empenas, como o Edif\u00edcio Pr\u00edncipe de Gales (na rua Tupinamb\u00e1s, 179) e o Hotel Nacional Inn (rua Esp\u00edrito Santo, 215)”, destaca Juliana.<\/span><\/p>\n

Al\u00e9m disso, ela diz que o levantamento feito pela curadoria do projeto junto \u00e0 Funda\u00e7\u00e3o Municipal de Cultura (FMC) tamb\u00e9m revelou outras potenciais \u00e1reas para receber mirantes de arte a c\u00e9u aberto na capital, como a Pra\u00e7a Raul Soares. “Mapeamos dezenas de empenas na cidade. Naquela regi\u00e3o da Raul Soares voc\u00ea tem pelo menos cinco empenas dispon\u00edveis. \u00c9 s\u00f3 olhar para cima. Imagina a pra\u00e7a se torna um novo mirante. Por que n\u00e3o?”, instiga Juliana.<\/span><\/p>\n

[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column width=”1\/1″][vc_empty_space empty_h=”2″][vc_raw_html]JTNDZGl2JTIwY2xhc3MlM0QlMjJmYi1jb21tZW50cyUyMiUyMGRhdGEtaHJlZiUzRCUyMmh0dHAlM0ElMkYlMkZ3d3cub2JlbHRyYW5vLmNvbS5iciUyRnBvcnRmb2xpbyUyRmN1cmEtcGFyYS11bWEtY2lkYWRlLWNpbnphJTJGJTIyJTNFJTNDJTJGZGl2JTNF[\/vc_raw_html][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante de arte urbana, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":60308,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","template":"","meta":{"footnotes":""},"portfolio_category":[34,37,28,32],"yoast_head":"\nCura para uma cidade cinza - O Beltrano<\/title>\n<meta name=\"description\" content=\"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed\" \/>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"Cura para uma cidade cinza - O Beltrano\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante de arte urbana, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/\" \/>\n<meta property=\"og:site_name\" content=\"O Beltrano\" \/>\n<meta property=\"article:publisher\" content=\"https:\/\/www.facebook.com\/jornalobeltrano\/\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2017-08-11T20:38:01+00:00\" \/>\n<meta property=\"og:image\" content=\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg\" \/>\n\t<meta property=\"og:image:width\" content=\"1920\" \/>\n\t<meta property=\"og:image:height\" content=\"1280\" \/>\n\t<meta property=\"og:image:type\" content=\"image\/jpeg\" \/>\n<meta name=\"twitter:card\" content=\"summary_large_image\" \/>\n<meta name=\"twitter:description\" content=\"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante de arte urbana, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed\" \/>\n<meta name=\"twitter:image\" content=\"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"12 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/\",\"url\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/\",\"name\":\"Cura para uma cidade cinza - O Beltrano\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#website\"},\"primaryImageOfPage\":{\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#primaryimage\"},\"image\":{\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#primaryimage\"},\"thumbnailUrl\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg\",\"datePublished\":\"2017-08-07T13:19:19+00:00\",\"dateModified\":\"2017-08-11T20:38:01+00:00\",\"description\":\"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed\",\"breadcrumb\":{\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/\"]}]},{\"@type\":\"ImageObject\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#primaryimage\",\"url\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg\",\"contentUrl\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg\",\"width\":1920,\"height\":1280},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"In\u00edcio\",\"item\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"Portfolio\",\"item\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":3,\"name\":\"Cura para uma cidade cinza\"}]},{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#website\",\"url\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/\",\"name\":\"O Beltrano\",\"description\":\"\",\"publisher\":{\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#organization\"},\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"Organization\",\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#organization\",\"name\":\"O Beltrano\",\"url\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/\",\"logo\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#\/schema\/logo\/image\/\",\"url\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2016\/12\/logo-midia-kit.png\",\"contentUrl\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2016\/12\/logo-midia-kit.png\",\"width\":672,\"height\":198,\"caption\":\"O Beltrano\"},\"image\":{\"@id\":\"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#\/schema\/logo\/image\/\"},\"sameAs\":[\"https:\/\/www.facebook.com\/jornalobeltrano\/\"]}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"Cura para uma cidade cinza - O Beltrano","description":"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"Cura para uma cidade cinza - O Beltrano","og_description":"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante de arte urbana, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed","og_url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/","og_site_name":"O Beltrano","article_publisher":"https:\/\/www.facebook.com\/jornalobeltrano\/","article_modified_time":"2017-08-11T20:38:01+00:00","og_image":[{"width":1920,"height":1280,"url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg","type":"image\/jpeg"}],"twitter_card":"summary_large_image","twitter_description":"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante de arte urbana, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed","twitter_image":"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg","twitter_misc":{"Est. tempo de leitura":"12 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/","url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/","name":"Cura para uma cidade cinza - O Beltrano","isPartOf":{"@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#website"},"primaryImageOfPage":{"@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#primaryimage"},"image":{"@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#primaryimage"},"thumbnailUrl":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg","datePublished":"2017-08-07T13:19:19+00:00","dateModified":"2017-08-11T20:38:01+00:00","description":"Projeto Circuito Urbano de Arte (Cura) inaugura mirante, com quatro murais pintados nas fachadas cegas de pr\u00e9dios do hipercentro, vistos da rua Sapuca\u00ed","breadcrumb":{"@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/"]}]},{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#primaryimage","url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg","contentUrl":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2017\/08\/IMG_0641.jpg","width":1920,"height":1280},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/cura-para-uma-cidade-cinza\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"In\u00edcio","item":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"Portfolio","item":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/"},{"@type":"ListItem","position":3,"name":"Cura para uma cidade cinza"}]},{"@type":"WebSite","@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#website","url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/","name":"O Beltrano","description":"","publisher":{"@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#organization"},"potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"Organization","@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#organization","name":"O Beltrano","url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/","logo":{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#\/schema\/logo\/image\/","url":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2016\/12\/logo-midia-kit.png","contentUrl":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/site\/wp-content\/uploads\/2016\/12\/logo-midia-kit.png","width":672,"height":198,"caption":"O Beltrano"},"image":{"@id":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/#\/schema\/logo\/image\/"},"sameAs":["https:\/\/www.facebook.com\/jornalobeltrano\/"]}]}},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/portfolio\/60297"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/portfolio"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/portfolio"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=60297"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/portfolio\/60297\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":60315,"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/portfolio\/60297\/revisions\/60315"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/60308"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=60297"}],"wp:term":[{"taxonomy":"portfolio_category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/portfolio_category?post=60297"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}