{"id":68590,"date":"2018-06-03T16:21:32","date_gmt":"2018-06-03T16:21:32","guid":{"rendered":"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/?post_type=portfolio&p=68590"},"modified":"2018-06-17T11:55:13","modified_gmt":"2018-06-17T11:55:13","slug":"mesa-bem-servida-2","status":"publish","type":"portfolio","link":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/mesa-bem-servida-2\/","title":{"rendered":"Mesa bem servida"},"content":{"rendered":"

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Mesa bem servida<\/h1>\n

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Encontro Nacional de Agroecologia prop\u00f5e alternativas alimentares e reconex\u00e3o com a natureza<\/p>\n

[\/vc_custom_heading][vc_column_text]<\/p>\n

Por Petra Fantini <\/span><\/em><\/p>\n

Publicado em 03\/06\/2018<\/span><\/em><\/p>\n

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Foto: Midia Ninja<\/figcaption><\/figure>\n

A capital recebe peda\u00e7o do campo durante o quarto Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), realizado at\u00e9 este domingo (3) no Parque Municipal de Belo Horizonte. Al\u00e9m da feira de produtos, mais de um dezena de tendas promovem debates sobre os avan\u00e7os e desafios da agroecologia brasileira, focando principalmente na agricultura familiar e viv\u00eancas de povos e comunidades tradicionais por todo o pa\u00eds.<\/span><\/p>\n

Com o lema \u201cAgroecologia e democracia unindo campo e cidade\u201d, o IV ENA \u00e9 conduzido pela Articula\u00e7\u00e3o Nacional de Agroecologia. Um dos temas destaque desta edi\u00e7\u00e3o \u00e9 o protagonismo da agricultora. \u201cA mulher para n\u00f3s \u00e9 muito importante porque ela \u00e9 a trabalhadora de fato. Junto \u00e0 casa, ao quintal, h\u00e1 muita produ\u00e7\u00e3o\u201d, diz o engenheiro agr\u00f4nomo Evandro Ferreira.<\/span><\/p>\n

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Irene Maria Cardoso, presidenta da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Agroecologia
Foto: Petra Fantini<\/figcaption><\/figure>\n

A presidenta da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Agroecologia Irene Maria Cardoso conversou com O Beltrano sobre pol\u00edticas p\u00fablicas para essa agricultura sustent\u00e1vel.<\/span><\/p>\n

Qual voc\u00ea acha que \u00e9 a import\u00e2ncia desse encontro nacional em Belo Horizonte?<\/span><\/p>\n

O primeiro ENA foi no Rio de Janeiro, mas foi numa universidade. Esta edi\u00e7\u00e3o \u00e9 a primeira vez que ele \u00e9 constru\u00eddo numa metr\u00f3pole e num lugar p\u00fablico, no sentido de ser onde as pessoas circulam. A import\u00e2ncia dele ser aqui \u00e9 porque Minas Gerais, primeiro, ainda tem uma cultura camponesa muito forte. Minas Gerais \u00e9 ro\u00e7a. Por isso a gente brinca inclusive que Belo Horizonte \u00e9 um fazend\u00e3o iluminado (risos).<\/span><\/p>\n

Minas ainda tem uma identidade muito grande com o campo, e a gente precisa inclusive aprender a ressignificar e reutilizar mais isso. Eu j\u00e1 vi uma pessoa, por exemplo, tirando f\u00e9rias no Paran\u00e1 e vindo para as ro\u00e7as de Minas Gerais, para apresentar as ro\u00e7as para a filha.<\/span><\/p>\n

Al\u00e9m disso, Minas tem uma constru\u00e7\u00e3o agroecol\u00f3gica muito forte, que remonta \u00e0 d\u00e9cada de 1980. Come\u00e7ou como uma agricultura alternativa, e desde aquela \u00e9poca a gente j\u00e1 tinha cinco centros que trabalhavam com isso em cada regi\u00e3o do estado. Uma no Vale do Rio Doce, o CAT; na Zona da Mata mineira, o CTA; no norte de Minas, em Montes Claros; no Vale do Jequitinhonha, em Turmalina; e em Belo Horizonte.<\/span><\/p>\n

Ent\u00e3o a gente tem essa rede de ONGs (Organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o Governamentais) que trabalham com agroecologia em parceria com as organiza\u00e7\u00f5es dos trabalhadores rurais, sindicatos, associa\u00e7\u00f5es, desde a d\u00e9cada de 1980. H\u00e1 uma caminhada agroecol\u00f3gica j\u00e1 de muitos anos, ent\u00e3o j\u00e1 era esperado que o ENA fosse constru\u00eddo aqui.<\/span><\/p>\n

Nessa crise de abastecimento por causa da greve dos caminhoneiros, o que a agroecologia poderia ensinar?<\/span><\/p>\n

Esse \u00e9 um bom momento para refletir. A agroecologia \u00e9 o estudo, cuidado e manejo dos sistemas agroalimentares, e isso vai do solo e das sementes \u00e0 mesa. E para ter alimentos saud\u00e1veis nas nossas mesas n\u00e3o basta produzir. A gente tem que pensar em uma outra forma de beneficiar esses alimentos, que hoje est\u00e3o na m\u00e3o das ind\u00fastrias de alimentos que n\u00e3o t\u00eam preocupa\u00e7\u00e3o em ser saud\u00e1vel, muito antes pelo contr\u00e1rio.<\/span><\/p>\n

A agricultura familiar \u00e9 discriminada, \u00e9 criminalizada por causa do processamento de alimentos. Aquele queijo mineiro que a gente sempre comeu, hoje tem que seguir regras que inviabilizam seu financiamento e processamento. Aquele doce que a m\u00e3e sempre fez \u00e9 criminalizado, porque ele tem que seguir regras que s\u00e3o imposs\u00edveis da agricultura familiar seguir.<\/span><\/p>\n

E tem uma comercializa\u00e7\u00e3o que vai inviabilizando a chegada desses produtos nos grandes centros. \u00c9 o que eles chamam de cadeia de grandes produtos. E a cadeia nos prende. \u00c9 a cadeia do leite, do caf\u00e9, uma cadeia de produtos de monocultura, uma monocomercializa\u00e7\u00e3o. Ent\u00e3o para a gente ter a agroecologia pensada de uma outra forma \u00e9 preciso pensar nos circuitos de comercializa\u00e7\u00e3o. A gente precisa do alimento sendo produzido mais perto de n\u00f3s e sendo comercializado de forma mais direta, com menos intermedi\u00e1rios.<\/span><\/p>\n

\u00c9 preciso uma comercializa\u00e7\u00e3o que d\u00ea conta da diversidade. O agricultor n\u00e3o produz s\u00f3 caf\u00e9, s\u00f3 manga. Ele produz muitas coisas. Ent\u00e3o como a gente pensa em uma outra pol\u00edtica de abastecimento? Alguns sinais j\u00e1 tinham come\u00e7ado a ser dados. Por exemplo, o Programa de Aquisi\u00e7\u00e3o de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimenta\u00e7\u00e3o Escolar (PNAE), programas institucionais j\u00e1 garantiam uma parte disso. O PNAE persiste porque \u00e9 uma pol\u00edtica p\u00fablica, mas o Programa de Aquisi\u00e7\u00e3o de Alimentos como era est\u00e1 sendo destru\u00eddo por esse golpe (o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff). O programa garante que o agricultor primeiro comercialize e d\u00ea vaz\u00e3o aos seus produtos da diversidade. Ent\u00e3o ele n\u00e3o vai vender s\u00f3 o leite, s\u00f3 o lim\u00e3o, s\u00f3 o caf\u00e9. Ele vende o que tem.<\/span><\/p>\n

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Foto: Petra Fantini<\/figcaption><\/figure>\n

Al\u00e9m desses incentivos, da comercializa\u00e7\u00e3o da diversidade, a gente precisa incentivar uma rela\u00e7\u00e3o mais pr\u00f3xima do consumidor com os alimentos. O circuito curto de comercializa\u00e7\u00e3o, as feiras, os mercados populares, as cestas de produtos. A gente precisa que os consumidores entendam essa produ\u00e7\u00e3o, entendam de onde vem esses alimentos e o que est\u00e1 envolvido com esses alimentos. Hoje o que n\u00f3s temos s\u00e3o imp\u00e9rios agroalimentares, as grandes empresas multinacionais que transformaram nossos alimentos em mercadoria.<\/span><\/p>\n

Acontecer essa crise e essa paralisa\u00e7\u00e3o dos caminhoneiros nesse momento do ENA \u00e9 muito importante para chamar aten\u00e7\u00e3o para isso. Qual \u00e9 o nosso entendimento, de quem mora na cidade, sobre o campo? Quais as dificuldades que passam nesse campo? Por que as popula\u00e7\u00f5es urbanas criminalizam tanto o movimento sem terra? O movimento sem terra \u00e9 um movimento pacifista, que luta pela reforma agr\u00e1ria que o pa\u00eds nunca fez. O movimento sem terra n\u00e3o tem arma, ele luta com a for\u00e7a que eles t\u00eam, com o corpo que eles t\u00eam, para que as pessoas tenham acesso \u00e0 terra. Hoje, 85% dos estabelecimentos rurais est\u00e3o na m\u00e3o dos agricultores familiares. Eles produzem 70% dos produtos que chegam \u00e0s nossas mesas. Mas eles s\u00f3 det\u00eam 25% das terras, e somente 10% dos cr\u00e9ditos.<\/span><\/p>\n

Ent\u00e3o se a popula\u00e7\u00e3o urbana entende a import\u00e2ncia da reforma agr\u00e1ria, entende a import\u00e2ncia de produzir um alimento saud\u00e1vel, n\u00f3s temos um aliado muito importante. Ao mesmo tempo, quem est\u00e1 no campo precisa entender quais s\u00e3o as dificuldades e necessidades da cidade. Por exemplo, por que alimento \u00e9 barato? Para os sal\u00e1rios ficarem baratos. Ent\u00e3o as popula\u00e7\u00f5es do campo precisam inclusive tamb\u00e9m apoiar as greves por aumento de sal\u00e1rios. Da\u00ed a gente come\u00e7a a compreender como a nossa sociedade funciona e come\u00e7a inclusive a construir possibilidades para n\u00e3o ficar na m\u00e3o de um determinado setor da sociedade para a distribui\u00e7\u00e3o dos alimentos.<\/span><\/p>\n

Por fim, a gente precisa questionar o modelo energ\u00e9tico em que a gente vive. Por que que a gente tem uma sociedade t\u00e3o dependente do petr\u00f3leo, que \u00e9 t\u00e3o poluente e que \u00e9 um recurso escasso? Como a gente constr\u00f3i alternativas? Essa \u00e9 uma das raz\u00f5es de grande parte das tendas aqui do Encontro Nacional de Agroecologia serem feitas de bambu. Para mostrar que \u00e9 poss\u00edvel ter alternativas.<\/span><\/p>\n

Como est\u00e1 o cen\u00e1rio da agroecologia depois do impeachment? Eu ouvi o pessoal falando que est\u00e3o fechando muitas Escolas do Campo.<\/span><\/p>\n

Primeiro a gente n\u00e3o reconhece que teve um impeachment, a gente reconhece que teve um golpe. E o que est\u00e1 acontecendo \u00e9 o sucateamento das pol\u00edticas p\u00fablicas, n\u00e3o s\u00f3 as diretamente relacionadas com agroecologia mas por exemplo o recurso para pesquisa, fortalecimento dos N\u00facleos de Agroecologia.<\/span><\/p>\n

Os N\u00facleos de Agroecologia s\u00e3o uma novidade nas universidades brasileiras e institui\u00e7\u00f5es de pesquisa, como no caso de Minas a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecu\u00e1ria de Minas Gerais), no caso nacional da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu\u00e1ria). Foi uma pol\u00edtica interessante, que fomentou muito a discuss\u00e3o da indissociabilidade da pesquisa, ensino e extens\u00e3o nas universidades e hoje a gente n\u00e3o tem recursos. N\u00e3o tem edital que fortale\u00e7a a agroecologia.<\/span><\/p>\n

Mas para al\u00e9m disso, todas as pol\u00edticas que enfraquecem a agricultura familiar camponesa, os povos e comunidades tradicionais, enfraquece a agroecologia. N\u00e3o \u00e9 que a agroecologia seja exclusividade da agricultura familiar camponesa e dos povos de comunidades tradicionais, mas esses povos, esses agricultores e agricultoras, t\u00eam uma rela\u00e7\u00e3o diferente com a natureza, com a terra. A terra para eles n\u00e3o \u00e9 mercadoria, a terra \u00e9 m\u00e3e. A m\u00e3e de onde eles tiram o sustento e a m\u00e3e que eles precisam de manter para os filhos deles tamb\u00e9m tirarem o sustento.<\/span><\/p>\n

Eles t\u00eam uma outra rela\u00e7\u00e3o com a natureza que \u00e9 o insumo da agroecologia. A agroecologia n\u00e3o depende de insumos de multinacionais para produzir alimentos, ela precisa da natureza, precisa dos bens naturais preservados. Esses povos e comunidades tradicionais, essa agricultura familiar, tem uma rela\u00e7\u00e3o mais pr\u00f3xima com isso. E as pol\u00edticas desse governo golpista t\u00eam sistematicamente tirado direitos desses povos.<\/span><\/p>\n

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Foto: Midia Ninja<\/figcaption><\/figure>\n

N\u00e3o demarcar territ\u00f3rio ind\u00edgena, n\u00e3o reconhecer comunidade quilombola, retirar o programa de aquisi\u00e7\u00e3o de alimentos, tudo se enfraquece. H\u00e1 tamb\u00e9m muitas pol\u00edticas passando no Congresso Nacional que tem um impacto direto na vida dessas pessoas e da natureza. Por exemplo, a pol\u00edtica de sementes, que na Colombia j\u00e1 \u00e9 assim e querem passar no Brasil: \u00e9 o agricultor familiar n\u00e3o ter mais o direito de produzir a pr\u00f3pria semente, ele ter que comprar as suas sementes. Isso tem um impacto direto na conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade e na produ\u00e7\u00e3o dessa agricultura familiar.<\/span><\/p>\n

Uma outra pol\u00edtica que est\u00e1 para ser passada, mas a gente precisa nos fortalecer e n\u00e3o deixar que essas pol\u00edticas passem, \u00e9 o PL do Veneno (Projeto de Lei 6299\/02). O Brasil hoje j\u00e1 \u00e9 o maior consumidor de agrot\u00f3xicos do mundo e com essa PL vai piorar a situa\u00e7\u00e3o, porque ele tira todo o processo regulat\u00f3rio da produ\u00e7\u00e3o e uso de agrot\u00f3xicos que a gente construiu em 1989. Ele tira do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade e o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente a participa\u00e7\u00e3o nesse processo regulat\u00f3rio.<\/span><\/p>\n

O brasil hoje tem um processo tripartite. O Minist\u00e9rio da Agricultura cuida da parte da produ\u00e7\u00e3o do veneno com a rela\u00e7\u00e3o agron\u00f4mica, para qual cultura vai ser utilizada, como vai ser utilizada. O Minist\u00e9rio da Sa\u00fade cuida do impacto desses venenos na sa\u00fade das pessoas e o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, o impacto na natureza. Com esse PL, eles v\u00e3o deixar na m\u00e3o do Minist\u00e9rio da Agricultura.<\/span><\/p>\n

S\u00f3 est\u00e3o interessados no lucro que esses venenos d\u00e3o principalmente para os produtores, que tentam convencer os agricultores de que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel plantar sem veneno, o que a gente sabe que \u00e9 uma mentira. Mas para produzir sem veneno \u00e9 preciso uma outra rela\u00e7\u00e3o com a natureza que o agroneg\u00f3cio da monocultura e de dezenas de centenas de hectares plantando a mesma coisa n\u00e3o tem interesse.<\/span><\/p>\n

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Foto: Midia Ninja<\/figcaption><\/figure>\n

A quest\u00e3o do plantio nas cidades. Ser\u00e1 que a polui\u00e7\u00e3o n\u00e3o afetaria essa horta?<\/span><\/p>\n

Tem que estudar, mas a polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica, por exemplo, n\u00e3o \u00e9 sist\u00eamica. Ent\u00e3o para voc\u00ea comer uma laranja que foi produzida nas cidades basta descascar. Se tiver algum metal pesado, alguma coisa que vai para o solo, e essa planta absorve dificilmente ela vai estar em uma quantidade t\u00f3xica, porque a planta morreria. Ent\u00e3o o que a gente tem hoje que indica que isso n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o problem\u00e1tico, tanto que tem muitas cidades que utilizam esses produtos.<\/span><\/p>\n

Outra coisa \u00e9 que a gente precisa discutir a qualidade do ar na cidade. N\u00f3s n\u00e3o queremos que as pessoas que vivem na cidade continuem nesse ar polu\u00eddo. Eu acho contradi\u00e7\u00e3o voc\u00ea se preocupar se a fruta produzida na cidade pode ou n\u00e3o ser consumida, mas e o ar que voc\u00ea est\u00e1 consumindo? E a \u00e1gua? Antes de chegar no fruto j\u00e1 chegou na sua sa\u00fade de outras formas.<\/span><\/p>\n

Agora, claro que \u00e9 diferente se voc\u00ea quiser plantar um p\u00e9 de alface no canteiro central da avenida Afonso Pena, \u00e9 uma coisa mais complexa. Mas se voc\u00ea plantar um p\u00e9 de alface dentro do Parque Municipal o pr\u00f3prio parque j\u00e1 protege. Tem alguns cuidados que precisam ser tomados, mas n\u00e3o vejo essa como uma quest\u00e3o muito problem\u00e1tica. Acho que as cidades precisam tamb\u00e9m come\u00e7ar a pensar como elas mesmas produzem os alimentos, como a gente consegue ter nossos jardins produtivos.<\/span><\/p>\n

Al\u00e9m disso, a pr\u00f3pria cria\u00e7\u00e3o animal. Por que tem tanto medo de zoonoses mas n\u00e3o tem medo de agrot\u00f3xicos? Qual o problema da cria\u00e7\u00e3o de galinha ou at\u00e9 mesmo de porcos na cidade? As pessoas da cidade n\u00e3o se incomodam que o sino da igreja bata a noite inteira, mas elas se incomodam se um galo cantar de madrugada. Se a gente n\u00e3o repensar essa rela\u00e7\u00e3o com a natureza e com a nossa produ\u00e7\u00e3o de alimentos, vai ficar dificil. Da\u00ed ent\u00e3o tudo bem, \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o das cidades querer viver na depend\u00eancia 100% do campo e em momentos de crise ter problema com abastecimento.<\/span><\/p>\n

Nna ro\u00e7a n\u00e3o tem esse problema. Eu vi pessoas da minha comunidade dizendo \u201dpode ter falta de abastecimento, tem um monte de mandioca, um monte de inhame para arrancar e comer\u201d. Isso \u00e9 uma quest\u00e3o de como a cidade pensa a sua soberania alimentar. N\u00e3o significa que o campo vai acabar por causa disso e que a cidade vai ser 100% produtora de alimentos, a rela\u00e7\u00e3o com o campo precisa de continuar e continuar num outro patamar.<\/span><\/p>\n

A produ\u00e7\u00e3o de alimentos na cidade tamb\u00e9m resgata a rela\u00e7ao com a natureza. E eu entendo que o que nos liberta \u00e9 nossa rela\u00e7\u00e3o com a natureza. O que nos protege e nos segura s\u00e3o nossas redes. Ent\u00e3o como a gente constroi redes e resignifica nossa rela\u00e7\u00e3o com a natureza \u00e9 uma coisa muito importante.<\/span><\/p>\n

O evento est\u00e1 muito focado nas mulheres, n\u00e3o \u00e9?<\/span><\/p>\n

Tem uma compreens\u00e3o e um entendimento de que sem feminismo n\u00e3o h\u00e1 agroecologia, ent\u00e3o a gente precisa visibilizar e valorizar a participa\u00e7\u00e3o das mulheres. \u00c9 uma pol\u00edtica que tem uma intencionalidade. A Articula\u00e7\u00e3o Nacional da Agroecologia garantiu a vinda de duas mil pessoas, fornecendo alimenta\u00e7\u00e3o e hospedagem. Mas o evento \u00e9 num parque, ent\u00e3o todos podem participar.<\/span><\/p>\n

Dessas duas mil pessoas, pelo menos 50% tinham que ser mulheres, 30% jovens e 70% agricultores e agricultoras \u2013 os outros 30% s\u00e3o os assessores t\u00e9cnicos, professores, estudantes que trabalham com essas comunidades. N\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel ter agroecologia sem equidade, com machismo, falta de autonomia e viol\u00eancia contra as mulheres. Al\u00e9m disso, o olhar da mulher para a alimenta\u00e7\u00e3o \u00e9 diferente.<\/span><\/p>\n

Foi constru\u00eddo historicamente, mas a mulher \u00e9 que tem uma rela\u00e7\u00e3o maior com a alimenta\u00e7\u00e3o dos filhos, com a soberania alimentar, a qualidade, a sa\u00fade da fam\u00edlia. Ent\u00e3o ela desenvolveu tamb\u00e9m um olhar diferente para essa produ\u00e7\u00e3o.<\/span><\/p>\n

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