{"id":69245,"date":"2018-08-24T13:26:26","date_gmt":"2018-08-24T13:26:26","guid":{"rendered":"http:\/\/www.obeltrano.com.br\/?post_type=portfolio&p=69245"},"modified":"2018-09-03T20:33:30","modified_gmt":"2018-09-03T20:33:30","slug":"politica-mineira-ainda-vive-desafio-da-representatividade","status":"publish","type":"portfolio","link":"https:\/\/www.obeltrano.com.br\/portfolio\/politica-mineira-ainda-vive-desafio-da-representatividade\/","title":{"rendered":"Pol\u00edtica mineira ainda vive desafio da representatividade"},"content":{"rendered":"

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Pol\u00edtica mineira ainda vive desafio da representatividade<\/h1>\n

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Maioria na popula\u00e7\u00e3o, mulheres encontram dificuldades nos partidos para se candidatarem com competitividade em rela\u00e7\u00e3o aos homens<\/p>\n

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Por\u00a0<\/span><\/strong><\/a>Campanha Libertas\u00a0<\/strong>
\n<\/span>Publicado em 24\/08\/2018<\/span><\/em><\/p>\n

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Foto: Mar\u00edlia Campos, Deputada Estadual candidata \u00e0 reelei\u00e7\u00e3o. Clarissa Bar\u00e7ante\/ALMG<\/figcaption><\/figure>\n

O envolvimento na pol\u00edtica \u00e9 tido nacionalmente como tradicional na cultura mineira. Um olhar atento de quem convive com a vida partid\u00e1ria ou de quem acompanha o cen\u00e1rio em per\u00edodo eleitoral mostra que o interesse pode at\u00e9 ser comum \u00e0 grande maioria dos mineiros, mas a participa\u00e7\u00e3o de homens e mulheres n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o democr\u00e1tica assim. Em 2018, os partidos ainda t\u00eam o desafio de tornar a forma\u00e7\u00e3o de lideran\u00e7as mais igualit\u00e1ria e acess\u00edvel para elas. Nas \u00faltimas elei\u00e7\u00f5es gerais, de 2014, por exemplo, do total de eleitos em Minas, apenas 8,2% foram mulheres. O \u00edndice ficou abaixo do nacional, que foi de 13,6%.<\/span><\/p>\n

A baixa representatividade feminina nos cargos eletivos passa por uma s\u00e9rie de fatores, alguns com origem interna nos partidos. \u201cS\u00e3o muitos e hist\u00f3ricos os pontos que contribuem para a baixa presen\u00e7a das mulheres em cargos eletivos. Um deles \u00e9 a atua\u00e7\u00e3o das pr\u00f3prias lideran\u00e7as, que ainda n\u00e3o investem tanto na capacita\u00e7\u00e3o e forma\u00e7\u00e3o das mulheres e para que elas ocupem cargos\u201d, avalia a cientista pol\u00edtica Maria do Socorro Braga, professora da Universidade Federal de S\u00e3o Carlos (UFSCAR). \u201cInfelizmente, ainda vemos o machismo presente dentro das m\u00e1quinas partid\u00e1rias. At\u00e9 hoje n\u00e3o houve um investimento para que as mulheres se sintam capazes e tenham instrumentos e capital necess\u00e1rio para serem candidatas competitivas. Sem isso, elas n\u00e3o disputam em p\u00e9 de igualdade\u201d, ressalta.<\/span><\/p>\n

No Legislativo e no Executivo, essas dificuldades se expressam em mais n\u00fameros. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entre as 77 cadeiras, seis s\u00e3o ocupadas atualmente por mulheres. Em Bras\u00edlia, dos 53 deputados federais mineiros, cinco s\u00e3o mulheres.<\/span><\/p>\n

O problema \u00e9 antigo. Desde 1982, os mineiros elegeram apenas 21 mulheres para a C\u00e2mara. O Estado nunca teve uma governadora. Desde a redemocratiza\u00e7\u00e3o, foram apenas duas senadoras. Os dados surpreendem ainda mais considerando que elas s\u00e3o a maioria do eleitorado. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, em 2018, as mineiras representam 51,9% do eleitorado do Estado.<\/span><\/p>\n

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O papel da mulher<\/span><\/strong><\/p>\n

A professora Maria do Socorro Braga observa, contudo, que o n\u00famero de candidatas ainda \u00e9 pequeno em fun\u00e7\u00e3o da pr\u00f3pria vida da mulher na sociedade. Ela pontua, por exemplo, a profissionaliza\u00e7\u00e3o e a ocupa\u00e7\u00e3o de cargos de chefia em outras \u00e1reas. \u201cPara chegar neste patamar profissional, a mulher investiu tempo e forma\u00e7\u00e3o. Abrir m\u00e3o disso em um ambiente que j\u00e1 \u00e9 machista acaba afetando boas candidaturas femininas\u201d, avalia.<\/span><\/p>\n

A cientista pol\u00edtica cita ainda o papel da mulher na fam\u00edlia como outro fator que contribui para a desigualdade de g\u00eanero na pol\u00edtica. \u201cPara quem j\u00e1 trabalha e cuida da casa, assumir um terceiro turno, o da pol\u00edtica, se torna mais dif\u00edcil\u201d, aponta a especialista.<\/span><\/p>\n

Apesar de hist\u00f3rico, o cen\u00e1rio n\u00e3o est\u00e1 fadado a ser eternamente desigual. Algumas novas leis tentam mudar este quadro, como a que determina que ao menos 30% das candidaturas t\u00eam que ser do g\u00eanero feminino e a que obriga que 30% dos recursos destinados \u00e0 campanha sejam aplicados em pleitos de mulheres. \u201cA gente tem alguns dispositivos. Mas, se os partidos insistirem em burlar a lei com candidatas-laranja, n\u00e3o vai adiantar. \u00c9 preciso que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fiscalize e puna com rigor\u201d, avalia.<\/span><\/p>\n

A mudan\u00e7a de postura e a cultura da escolha das candidaturas dentro dos partidos tamb\u00e9m precisa estar alinhada com uma maior participa\u00e7\u00e3o do eleitor. \u201cTemos hoje um eleitorado ap\u00e1tico e estratificado. \u00c9 \u00a0importante ter uma percep\u00e7\u00e3o diferenciada sobre as candidaturas. Do ponto de vista democr\u00e1tico, \u00e9 fundamental que os diversos segmentos estejam representados\u201d, pontua Maria do Socorro. Para a professora, o eleitor precisa ter exemplos de bom desempenho de candidatas, por isso \u00e9 estrat\u00e9gico para os partidos mostrarem nas campanhas a capacidade das mulheres que j\u00e1 ocuparam cargos dentro da sigla, em esferas p\u00fablicas ou privadas. \u201cAcredito que elas ser\u00e3o fundamentais para disputar as pol\u00edticas que melhor atendam a sociedade com projetos nacionais n\u00e3o s\u00f3 para o segmento feminino, mas para todos que precisam de uma vida melhor\u201d, finaliza.<\/p>\n

Pol\u00edtica mineira ainda vive desafio da representatividade<\/a><\/p><\/blockquote>\n